Espaço para reflexão da Ditadura Militar Chilena em Santiago.
A essa altura você já deve ter lido a postagem que escrevi acerca do Memorial da Resistência – em São Paulo. E, provavelmente, já tenha programado uma viagem à Santiago do Chile com o objetivo de conhecer os seus espaços culturais, bem como, os seus atrativos turísticos. Entretanto, você se surpreenderá com a tamanha conexão existente entre ambos os países – ao menos, no que se refere à Ditadura Militar.
A Calle Londres 38 (ou, em português: Rua Londres 38) é o endereço que nos transporta no tempo em busca de memórias de uma ditadura militar chilena em plena Santiago. O que atrai turistas a seguir estas direções, não é apenas o conjunto arquitetônico de sua charmosa rua, mas, por uma residência em particular. Já que esta é a única dos quatro principais centros clandestinos da DINA (Direção de Inteligência Nacional) em Santiago que não foi destruído, e que tem sido recuperado como um lugar de memórias.
Atente-se para as pedras de paralelepípedo na calçada na entrada do prédio, pois, você encontrará pequenas placas espalhadas com o nome de 98 pessoas – que foram executadas ou desapareceram naquele período obscuro – destas, 64 eram militantes da MIR; 18 do partido comunista; 10 do partido socialista e 6 não possuíam militância.
Os ambientes estão distribuídos em dois pisos. Entretanto, não vá esperando muito deles. Haja vista que, o espaço não possui o objetivo de entreter o turista, mas, de fazê-lo refletir acerca das “feridas” deixadas pela ditadura militar naquela sociedade. No primeiro deles, não há muito o que ver, mas, muito a se pensar, já que você terá acesso a sala de detenção lugar este comum, onde homens e mulheres detidos permaneciam dia e noite a espera por serem levados ao interrogatório. Coloque-se no lugar do outro, e verá o quanto aquela sala – mesmo – vazia representava – negativamente – para eles, visto a tamanha pressão psicológicas que muito deles sofreram ali.
No segundo piso, o visitante encontrará vários ambientes, entre eles: uma sala onde enfermos e feridos ficavam, mas que hoje, é uma sala com equipamentos áudio visuais. Na sala principal, um espaço mais amplo usado para interrogatórios simultâneo a duas ou mais pessoas, que na data de minha visita abrigava uma amostra intitulada “Brigada 40 anos de lutas e resistência” – com trabalhos de serigrafia remontando os 40 anos desde o golpe cívico militar que derrubou o Governo Democrático de Salvador Allende.
E, por fim, um ambiente com várias imagens e informações acerca de um dos acontecimentos mais marcantes da história chilena, o bombardeio ocorrido ao Palácio de La Moneda – que também, pode ser visitado, desde que programada com antecedência.
Observação: Fizemos a visita sem guia, por conta do dia em que visitamos o espaço, por isso, se organize para ir num dia que tenha visitas guiadas. A visita é gratuita.
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